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JULGAMENTO DO CASO FAMÍLIA GONÇALVES: ELE TIROU A PRÓPRIA VIDA
O julgamento do Caso família Gonçalves a família que foi morta a pauladas e depois carbonizada no ABC paulista teve seu primeiro ciclo de júri encerrado ontem. Faltam ainda os irmão Jonathan e Juliano Ramos, que devem enfrentar o tribunal popular em agosto.
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Anaflavia Gonçalves ficará 61 anos, cinco meses e 23 dias presa, já o Guilherme estará recluso por 56 anos, 2 meses e 20 dias. Carina, apontada pelos outros dois como a principal articuladora do episódio, recebeu a maior punição, com 74 anos, 7 meses e 10 dias. Todas as penas devem ser cumpridas em regime inicial fechado. Os três foram acusados pelo MP (Ministério Público) por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa.
O assassinato de Flaviana de Meneses Gonçalves, na época com 40 anos, o marido Romyuki Veras, 43, e o filho deles, Juan Victor Gonçalves, 15, cometido em janeiro de 2020, teve grande repercussão, uma vez que a filha do casal, Anaflavia, estava envolvida. Além dela, sua então companheira Carina, também é acusada do crime, além de Juliano Oliveira e Jonathan Fagundes, primos de Carina, e do jovem Guilherme.
O segundo dia de julgamento foi marcado pela sustentação das teses das defesas dos réus e da acusação. Formada por uma representante da Promotoria de Justiça e pelo advogado da família Gonçalves, Epaminondas Gomes de Farias, a acusação defendeu a tese de homicídio, visto que na versão dos réus, a princípio, o crime foi pensado como um roubo que, na execução, não deu certo, o que se enquadraria em latrocínio, com pena menor.
Já Fábio Gomes da Costa, advogado de defesa de Carina, e advogados associados apontaram suposto vício em drogas e bebidas alcoólicas por parte de Ana Flávia, para corroborar com a tese de que seria ela a mentora do crime. A defesa de Anaflavia e Guilherme afirmava que ambos são culpados, mas apenas no que se refere ao crime de roubo. Os advogados diziam que Carina manipulava a companheira e seria dela o plano para a ação.
Em cenário semelhante ao do dia anterior, Carina e Guilherme permaneceram calados, já Anaflavia se emocionava constantemente, principalmente quando a acusação relembrava como os familiares foram mortos. Os debates foram finalizados por volta das 19h, quando o juiz responsável pelo julgamento, Lucas Tambor Bueno, se reuniu com os jurados para a definição da pena. A discussão se estendeu até a madrugada, por volta das 1h30, quando os réus foram sentenciados.
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O júri dos cinco acusados pelo crime, entre eles a filha do casal e irmã do adolescente, contou com cinco adiamentos nos últimos dois anos. O processo foi desmembrado em relação a dois acusados, os irmãos Juliano e Jonathan, que destituíram a advogada que os defendia desde 2020. A audiência de ambos foi postergada para 21 de agosto de 2023. Assim como os julgados nesta semana, eles respondem por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa.
Muitas perguntas ficaram após este julgamento, como por exemplo, por quê a demora com a sentença de um júri que encerrou no inicio da noite? Ana Flávia não foi penalizada pela morte do irmão? Quais foram os crimes considerados para os respectivos réus? Houve nulidade? A defesa de Carina pedirá a anulação do júri? Ana Flávia não foi culpada pela morte do irmão? Por qual motivo? Tudo logo mais às 20h30min, AO VIVO aqui na Rede Rio TV, com a participação do advogado de defesa de Carina Ramos, Dr Aílton Abel. [2bX7H3bGWcs] |